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Treinos: 2ª feira - 20h00»21h30; 4ª feira - 20h00»21h30; 5ª feira - 18h30»20h00; 6ª feira - 18h30»20h00

domingo, 7 de fevereiro de 2010

À conversa com...Roberto Rodrigues (II)

UM POUCO DE CONVERSA
1-É treinador à pouco tempo, depois de ter sido jogador. Qual deles o mais fácil?
Roberto Rodrigues: Nenhum dos dois papéis são fáceis, pois qualquer um deles passa por seleccionar a melhor de entre várias opções. Pois quando se joga, temos de optar por lançar, driblar, passar ou simplesmente do lado de fora apoiar quem o está a fazer, enquanto que a treinador temos de optar pela melhor opção do momento, procurar transmitir ideias e leituras de jogo, escolher de entre vários jogadores os cinco que irão corresponder melhor ao que o treinador pretende, gerir mentalidades...portanto nenhum deles fácil! Mas sendo obrigado a optar, iria escolher jogador, mais não fosse pela longa experiência e com a alternativa de poder contribuir dentro de campo...mas também não trocava agora este meu lado pelo outro!

2-Dois anos a treinar equipas masculinas, passou agora para o feminino. Diferenças, facilidades e dificuldades?
RR: Diferenças, imensas mesmo apesar das idades poderem ser muito próximas. Numa equipa masculina, a disponibilidade física é sempre maior: correr, saltar, contacto físico (força e agilidade), apontando para um jogo certamente mais físico e com alternativas ofensivas e defensivas diferentes. Por outro lado, numa equipa feminina temos as atletas com uma capacidade de leitura do jogo superior, uma maior maturidade durante o jogo e normalmente no jogo ofensivo com uma capacidade de lançamento superior.
No trabalho que desenvolvo no dia a dia, procura desenvolver mais as capacidades físicas das minhas atletas para atenuar esse revés no grupo, nunca deixando de parte as características próprias de uma equipa feminina, leitura de jogo e capacidade de lançamento. A maior dificuldade talvez será a facilidade de conflito, entre jogadoras nesta idade, passando por vezes problemas do treino para fora dele, como o contrário, algo que não acontece nos masculinos.

3-Quais os seus princípios como treinador e objectivos para a equipa?
RR: Os objectivos principais para qualquer equipa que treine (podendo ser estranho), é que todas as pessoas (atletas) no final da época, sejam melhores pessoas do que quando cá chegaram, quer seja na escola (futuro) e a nível pessoal, sabendo relacionar-se com vários tipos de personalidades, pois numa equipa de formação além do basquetebol que acima de tudo é o que nos acaba por ligar, acho que formam-se pessoas, todas elas com diferentes sentimentos, diferentes mentalidades e maneiras de ser e de estar.
Objectivos mais secundários e relacionados todos com a modalidade, passam sempre por trabalhar no máximo dando não quase tudo, não tudo, mas sim dar sempre acima do que se pode dar, pois só assim seremos melhor. Nos jogos entrar sempre para dar tudo, chegando ao final e independentemente do resultado, sair satisfeito e sabendo que tudo o que foi possível foi feito.

EM POUCAS PALAVRAS
ATLETA/TREINADOR/ADEPTO: "Fui: Atleta, Serei: Treinador e Adepto"
FAMÍLIA: "Aconchego "
ATLETAS/EQUIPA: "A melhor"

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